Startup

Startup: qual o segredo para uma empresa crescer tão rápido?

Você já ouviu falar de employer branding? O termo, que literalmente significa “marca do empregador”, diz respeito a um conjunto de estratégias que visam fortalecer a reputação da marca com um lugar adequado para se trabalhar aos olhos do mercado – e especificamente aos olhos do trabalhador.

A ideia do employer branding é manter os funcionários motivados e satisfeitos com o local onde trabalham. Na prática, trata-se de uma estratégia de fidelização (e retenção de talentos), além de auxiliar no processo de atração de novos profissionais de ponta.

Empresas que possuem boa cultura organizacional, ambientes de trabalho inteligentes e diferenciados, gestores que têm facilidade para conversar com os demais trabalhadores e outras vantagens, como benefícios corporativos, tendem a ter boa reputação.

Isso acontece porque as pessoas falam bem quando, de fato, a experiência é positiva.

Assim, trabalhadores de uma empresa são bastante vocais quando se sentem valorizados por ela ou quando estão sendo devidamente reconhecidos. Esses comentários se espalham entre grupos de amigos, páginas do Facebook e similares, fortalecendo a empresa como um todo.

Você já deve ter percebido que algumas startups são conhecidas pelo seu espaço de trabalho moderno e divertido, que às vezes inclui geladeiras com bebidas alcoólicas, doces, happy hour frequente, festas para funcionários, jogos de videogame, aulas de yoga e etc.

Nada disso é por acaso. Essas companhias perceberam que, ao fazer do escritório um lugar pacífico e disruptivo, ajudariam a diminuir a carga de estresse dos funcionários, além de torná-los mais ativos, mais entrosados, mais apaixonados pelo dia a dia.

Precisamos aprender muito com as startups. O crescimento dessas empresas, assim como as taxas de satisfação dos colaboradores, são realmente significativos. Como isso acontece? Falaremos mais sobre o assunto a seguir.

Startup: entendendo o modelo de negócio

As startups trabalham de um jeito bastante específico: o seu modelo de negócios é inovador, repetível e escalável. Vamos por partes.

Uma startup surge para preencher uma lacuna que, na maioria das vezes, sequer sabíamos que existia.

Um exemplo? Quinto andar, que facilita o aluguel de imóveis pela internet (e que, em épocas de pandemia, tem oferecido até mesmo visita a imóveis por zoom). Outro exemplo? Nubank, o primeiro banco digital a fazer barulho, é hoje um grande unicórnio.

Além disso, essas companhias trabalham com a ideia de que é preciso oferecer um serviço repetível, sem grandes variações: o produto tem que ser entregue em escala limitada, com pouca ou nenhuma adaptação.

A ideia desse tipo de modelo é, exatamente, multiplicar as ações feitas, tornando-as mais ágeis – o que, na prática, atende a um número maior de pessoas.

Escalável, por fim, diz respeito ao crescimento da startup em si: ela deve ser capaz de crescer sem que o seu modelo de negócios seja dramaticamente alterado. Sabe aquela frase famosa, “é preciso que nada mude para que tudo se transforme”? As startups criaram outro sentido para ela. E ele funciona.

Por que elas crescem tão rápido?

Vamos lá: é um equívoco achar que as startups crescem apenas porque são startups. Existem milhões de companhias do gênero que nunca chegam a crescer exponencialmente, e diversas outras fecham as portas todos os anos.

As empresas que se destacam são aquelas que foram capazes de oferecer serviços de excelência, de forma que se tornem necessárias na vida de uma pessoa. Você lembra de como era quando não havia Ifood ou Uber Eats? E quando não havia Rappi?

Hoje, você tem versões de startups de sucesso, até! E isso é explicável: o mercado entende que existe uma demanda e, então, começa a se preparar para tentar comer essa fatia. E isso é natural. O grande pulo do gato é entender que, apesar disso, nem todas as startups dão certo.

As que se dão bem geralmente têm algumas características em comum, como:

  • Equipes motivadas, como já comentamos; para fazer um modelo de serviço funcionar, você precisa de profissionais de ponta, capazes de ter ideias inovadoras e de tomar decisões de risco. Geralmente, esse é o primeiro passo para crescer de verdade dentro do mercado;
  • Direcionamento: como já comentamos, as startups trabalham com um modelo repetível. Na prática, elas oferecem sempre o mesmo serviço, e devem fazer isso depressa. Assim, elas estão direcionadas para resolver uma demanda – e isso faz toda a diferença;
  • Investimento de terceiros: muitas companhias que hoje são unicórnios não chegaram lá sozinhas, mas tiveram aportes muito altos. Há companhias, como sabemos, que receberam investimentos de literalmente bilhões de reais. Isso, é óbvio, faz muita diferença.