É verdade que nos últimos tempos a quantidade de estratégias de venda e de publicidade que surgiram representam algo espantoso, quase impossível de acompanhar. Contudo, opções como a do slow marketing são diferenciadas, e merecem mais atenção.
De fato, não é difícil ver quando estamos diante de algo que tem seus fundamentos, e que por isso mesmo está acima da simples moda, o que é certamente sazonal e que vai acabar passando dali pouco tempo, o que pede ressalvas e cuidados.
Na verdade, talvez não seja tão fácil assim identificar essa diferença essencial. Pois se fosse, nenhuma marca jamais acabaria investindo em estratégias erradas, o que infelizmente não se verifica, já que muitas fazem isso e depois se arrependem.
De qualquer modo, o que queremos dizer é que quando uma empresa de envelopamento de carros com propaganda decide analisar seriamente os fundamentos de uma estratégia como a do slow marketing, isso é bem diferente de apenas se deixar influenciar.
Como o próprio nome sugere, trata-se de um marketing e uma comunicação com o cliente baseada não na velocidade que vemos espalhada para todo lado, mais ou menos como o futurismo e o modernismo, que veneravam os carros e demais máquinas.
Mas sim de uma comunicação pautada em uma abordagem mais devagar, isto é, uma evolução da relação entre a marca e seu público como algo que não tem a pressa de fazer vendas de impacto, massificando tudo e generalizando os clientes.
Mas, como referido acima, é preciso entender os fundamentos e o contexto. Neste caso mesmo, se por um lado esse “marketing lento” vai contra toda uma realidade macro cultural dos nossos tempos, por outro lado ele também atende um apelo pré-existente.
Trata-se do fato de que muitas pessoas podem até gostar da velocidade dos veículos, da internet e dos celulares inteligentes que temos hoje, mas não gostam nada quando isso se volta contra elas, como ocorre com algumas empresas.
Por exemplo, todo cliente vai preferir um adesivo transparente personalizado, em vez de comprar um adesivo genérico que ignore suas preferências. Ou ainda, entrar na fila de um restaurante diferenciado ao invés de ir a um fast food que faz tudo correndo.
Ao falar assim, já começa a ficar claro como o slow marketing percebeu uma tendência negativa e se propôs a confrontá-la de maneira audaciosa. Inclusive, os dois exemplos que demos acima têm tudo a ver com esse tema, como ficará claro adiante.
No primeiro caso, porque a personalização e customização de produtos e serviços é justamente uma das maiores tendências atuais, no sentido de que os clientes mais exigentes já não aceitam soluções genéricas demais.
No segundo caso, no fato de que foi justamente contra os fast foods de lanche que o movimento do marketing lento apareceu pela primeira vez, ainda nos idos de 1980. Uma época saturada de velocidade e de guerras e crises econômicas.
O que volta para o fato salientado de que todo grande movimento tem seus princípios de base e suas explicações mais amplas para estar acontecendo. Isso vale igualmente para o mundo corporativo e para o marketing e a publicidade.
Tanto que outras tendências que crescem hoje são as de marketing de conteúdo, por exemplo. Como quando uma empresa de envelopamento automotivo personalizado decide anexar um blog ao seu website, ou começar a postar nas redes sociais.
No fundo, o que essa marca está fazendo é assumir algo como um rosto diante de seu público-alvo, para se aproximar mais dele e humanizar sua proposta. Ou seja, ela não quer vendas de impacto ou prospecção ativa, mas sim a prospecção passiva.
Pode parecer só uma diferença de palavras, mas não é, pois trata-se de algo diametralmente oposto. No caso da prospecção passiva o que temos é, justamente, um funil de vendas alargado, lento, que prioriza a relação com cada cliente.
Ou seja, o slow marketing não é a única manifestação que vai nesse sentido, nem tampouco um fenômeno isolado. Por isso mesmo é que decidimos escrever este conteúdo a respeito, entrando em cheio nesse assunto incrível.
Além de explicar o que é o marketing lento, vamos trazer todo seu contexto e os devidos conceitos e características que ajudam a compreender esse universo. Sem falar em exemplos claros, pautados em segmentos e nichos realmente existentes.
Até porque, hoje o marketing lento já evoluiu tanto que realmente pode servir de recurso para qualquer tipo de empresa, seja na hora de vender letras em alto relevo para fachadas ou de prestar serviços populares em oficinas de bairro.
Diante destes esclarecimentos, se o seu interesse como leitor, empresário ou gestor de negócios é de mergulhar de cabeça em um tipo de marketing que pode mudar sua história, então basta seguir adiante até o fim da leitura.
Conceitos e características
Como vimos, o slow marketing defende uma comunicação lenta no sentido de algo positivo e de qualidade, e não no sentido de ineficiência, o que seria bem diferente.
Por isso demos o exemplo do marketing de conteúdo, que trabalha um funil de vendas bem maior, inclusive com foco na estratégia de follow-up. O que remete justamente a uma cadência maior e menos acelerada.
No fundo, trata-se de uma verdadeira filosofia de vida, defendendo mais ou menos a ideia de que você pode até desfrutar da tecnologia, da correria e das vantagens da vida contemporânea, mas também pode ir mais devagar quando quiser.
Quando uma empresa já comercializa ou fornece algo como placa de sinalização personalizada, não fica difícil comunicar-se nessa clave. Afinal, seus clientes já buscam algo customizado, então essa pode ser a porta de entrada.
Lembrando que, ao mesmo tempo, nós vivemos a era da ansiedade, da depressão e até da síndrome de burnout, que é quando uma pessoa trabalha tanto e se sujeita tanto à correria, que acaba ficando psicologicamente ou fisicamente doente por conta disso.
Ou seja, o slow marketing não poderia ser tão atual. A própria Psicologia já explica que quando você faz algo mais devagar, as vantagens são muitas, tais como:
- Melhora do seu humor;
- Redução do estresse;
- Controle de apetite;
- Melhorias na memória;
- Rejuvenescimento;
- Aumento da imunidade;
- Melhorias no raciocínio.
Enfim, isso deixa claro que até mesmo nosso organismo e nossa saúde se beneficiam de uma vida que sabe a hora de acelerar, mas também sabe ser mais lenta quando preciso.
Quando isso é aplicado ao marketing, pode mudar tanto a relação e a vida do cliente, quanto a própria cultura organizacional interna da empresa.
O que volta a comprovar que o slow marketing não surgiu do nada, haja vista que o endomarketing (marketing interno) é um dos movimentos que mais cresce nas empresas do mundo todo, como modo de valorizar a rotina das corporações.
Isso pode ir desde um totem robô personalizado empresa implementado para pedir sugestões de melhorias aos próprios funcionários e fazer pesquisa de satisfação, até planos de carreira e participação nos lucros, o que estimula todo mundo.
Até porque, essas iniciativas beneficiam não apenas os colaboradores, ou mesmo a vida dos donos e os diretores, mas a própria lucratividade da empresa aumenta. Afinal, quando o funcionário trabalha feliz e satisfeito, ele produz mais e melhor.
Contexto histórico do slow marketing
Foi em Roma, mais precisamente em 1986, que o slow marketing nasceu, quando o primeiro fast food abriu no país e Carlo Petrini se posicionou publicamente criticando essa velocidade exagerada.
Na verdade, ele era um jornalista e o que fez foi fundar um verdadeiro movimento, de slow food, slow marketing e tudo o mais que possa ser visto por essa ótica.
Com o tempo, o próprio mercado absorveu isso, assim como existe um marketing verde, que é quando uma fábrica de placa acm luminosa presta contas de sua cadeia produtiva para mostrar que seu produto é amigo da natureza, em vez de explorá-la.
Hoje também existe esse marketing lento, que visa a se alinhar com todas as pessoas que acreditam nas convicções de que não devemos nos entregar à correria, sem questioná-las.
A prática e os diferenciais
Uma dúvida muito comum quando o assunto é o slow marketing, é sobre como exatamente colocá-lo em prática, já que pode parecer algo muito teórico. Ou sua diferença em relação ao marketing digital.
Na verdade, trata-se de algo bastante prático, que inclusive pode ser implementado em cada parte do processo e da operação de qualquer empresa.
Nesse sentido, uma fabricante de etiqueta tag personalizada pode desenvolver uma estratégia holística, que envolve tudo e todos ao mesmo tempo.
Ou seja, ela pensa na escolha da matéria-prima e dos fornecedores e parceiros, bem como na qualidade de vida dos funcionários. Sem falar no pós-venda e no suporte sincero ao cliente, algo que vai muito além da hora que ele passa o cartão de crédito.
Quanto ao marketing digital, é preciso que ele também não pense apenas na venda, mas utilize a automação e a tecnologia para melhorar a comunicação.
Ou seja, o slow marketing não é intrinsecamente diferente do digital, mas pode usá-lo para tornar a marca mais personalizada e mais humanizada, assim, os dois lados ganham ao mesmo tempo.
Considerações finais
Nem todo mundo já ouviu falar no slow marketing, mas trata-se de uma estratégia que tende a crescer cada vez mais, sem dúvidas.
Acima detalhamos o que ele é, além de sua origem e seu contexto, algo fundamental para entender melhor as dicas sobre como implementá-lo e suas diferenças com o marketing digital.