Todo mundo que está na internet sabe da importância de uma empresa marcar presença na esfera digital, investindo em estratégias de divulgação. Mas poucos conhecem o buzz marketing, que é uma das mais promissoras.
De fato, poucas são as táticas que permitem ter um retorno tão rápido, tão amplo e ao mesmo tempo tão simples, que pode custar muito pouco (ou mesmo nada), a não ser esforço e produção de materiais, sejam vídeos, fotos ou mesmo textos.
Em uma época em que o mercado está mais saturado do que nunca, onde cada vez mais empresas aparecem quase que todo dia, prestando o mesmo serviço e disputando o mesmo público, esse tipo de diferencial pode ser revolucionário para a marca.
Lembrando que a internet encurtou as distâncias, então mesmo segmentos aparentemente mais nichados, como restaurantes que oferecem hambúrguer artesanal vegano, podem enfrentar o desafio da concorrência, como em plataformas coletivas, por exemplo.
Além disso, se tem algo difícil é conseguir não apenas a atenção do público, mas o engajamento, aquele compromisso de quem não quer apenas curtir algo e ir embora, mas comentar, compartilhar e realmente consumir de você.
Então, imagine um produto popular, que tem o potencial de atingir multidões, como uma dieta fácil para emagrecer. Certamente, se a pessoa der os passos certos, os resultados vão ser dos melhores.
Mas, para isso, é necessário seguir algumas diretrizes. Por exemplo, é muito comum o pessoal ouvir falar em “viralização”, porém, existem diferenças essenciais entre ela e as estratégias de buzz marketing que, se mal aplicadas, podem comprometer a marca.
Por isso mesmo, decidimos escrever este artigo. Ele traz algumas dicas bastante práticas de como aplicar a estratégia certa do modo correto, além de conceitos que são indispensáveis para compreender o assunto de maneira segura.
Então, se você quer entender melhor esse universo encantador e elevar sua marca a um outro patamar na esfera digital, basta seguir adiante na leitura.
O que exatamente é o buzz marketing?
Já viu quando de repente parece que todo mundo começa a falar sobre a mesma coisa, em casa, no trabalho, na rua, no comércio e daí em diante? As marcas sempre foram capazes de gerar esse efeito, hoje os influencers digitais também conseguem.
Pode parecer espontâneo ou algo não premeditado, mas a verdade é que é possível prever algo assim, fazer com estratégia e, até certo ponto, replicar o efeito. É aí que entra a intenção do buzz marketing, que em tradução livre é algo como um “zumbido”.
Imagine o zumbido de um enxame, por exemplo, como algo que se espalha indefinidamente.
Essa é a ideia, que ao contrário do que parece pode ser aplicada a qualquer segmento, seja algo popular ou algo mais nichado, como uma loja de locação de stand evento.
Um modo fácil de compreender do que se trata é comparando com a viralização, como faremos abaixo. Mas o importante é ter em mente, desde já, que o buzz é perfeitamente capaz de “criar uma onda”, atraindo uma multidão de pessoas.
Ou seja, ele é capaz de gerar motivações, por meio de gatilhos bem aplicados, fazendo com que as pessoas falem de algo, mesmo que tenham a impressão de estarem fazendo isso por vontade própria, e não porque o marqueteiro assim desejou.
Embora seja muito utilizado por empresas, marcas, autônomos ou influencers que estão entrando no mercado, também existem marcas já antigas que continuam criando ações e campanhas assim, com o mesmo sucesso.
Qual a diferença para o marketing viral?
É muito comum alguns pensarem que a diferença entre buzz e viralização é que esta segunda só pode ocorrer espontaneamente, sem premeditação.
Mas não é bem assim. No fundo, também é possível falar em “marketing viral”, o que deixa claro que ambas as estratégias podem ser racionalizadas, estruturadas e replicadas.
No fundo, a grande diferença é que o marketing viral é mais específico, mais focado em uma ação, que consiste em fazer com que as pessoas compartilhem algo, passando para frente, mas não necessariamente falando sobre aquilo de maneira direta.
Se um indivíduo inventa uma maneira criativa ou inovadora de fazer uso de pratos para congelar, isso pode viralizar e ter muito compartilhamento, mas só vai atingir o estágio de buzz quando as pessoas começarem a falar daquilo para outras, ativamente.
Ou seja, o buzz marketing é mais abrangente, e até certo ponto podemos dizer que o objetivo do marketing viral é fazer um “buzz reduzido”, apenas no âmbito do compartilhamento digital.
De fato, o buzz já acontecia até mesmo antes do surgimento da internet.
Compreendendo a motivação humana
É muito comum ouvir falar em gatilhos mentais dentro do marketing digital, ou mesmo no mundo das vendas. Como sobre o gatilho da escassez, do senso de urgência, da autoridade e daí em diante.
Assim, para vender algo como um vinho de presente, o vendedor ou site gera no cliente a sensação de que se ele não comprar na hora vai perder uma oportunidade. Um exemplo é a promoção por tempo limitado, outro é dizer que aquela “é a última unidade”.
No buzz marketing é possível utilizar o mesmo termo, mas também é comum falar em “botões”, que são os gatilhos que fazem a maioria das pessoas querer sair comentando algo e dividindo com todo mundo que conhece.
Outra grande diferença do buzz é que ele é muito parecido com a narração de livros, novelas e do cinema, que são capazes de fazer as pessoas se prenderem até o fim, e passarem dias comentando a história, como os famosos “arrasa quarteirões”.
Existem até estudiosos que analisam esse fenômeno, criando uma lista de quais são os principais botões existentes, como feito por Mark Hughes, um publicitário de renome que tem várias publicações na área.
Por dentro dos gatilhos e “botões”
Do que foi dito até aqui, já é possível não apenas aplicar o buzz com maior eficiência (sem o risco de cair em estratégias que são semelhantes, mas não fazem parte dele), como também é possível deduzir quais são os famosos botões que todos nós temos.
Abaixo segue uma lista com os principais:
- O botão do segredo;
- O botão do tabu;
- O botão do incomum;
- O botão do hilário;
- O botão do extraordinário;
- O botão do chocante.
De fato, o segredo ou mistério é o maior deles, muito utilizado no cinema. Se os trailers bem montados já fazem um sucesso enorme, criando uma expectativa garantida, existem ainda os teasers, que são passagens ainda menores, e misteriosas.
Essa suspensão é o gatilho do segredo, que faz com que as pessoas comecem a especular. “Ah, você viu, parece que o personagem vai tomar tal atitude…”. Pronto, o buzz marketing está feito, o zumbido ou murmurinho já começou.
Uma empresa de esteira para academia pode fazer exatamente a mesma coisa ao lançar um novo produto ou serviço. Talvez uma máquina que permite treinar de modo diferente, ou uma promoção maluca, que ela não anuncia toda na primeira ação.
Sobre o tabu, o incomum e o chocante
Os botões do tabu, do incomum e do chocante também podem gerar um excelente efeito, mas precisam de muito cuidado. De fato, existe um limite e uma barreira que, se for rompida, pode gerar o efeito contrário, e denegrir a empresa.
Por isso, é fundamental conhecer seu público-alvo e até mesmo a cultura do país. Por exemplo, aquilo que é tabu aqui no Brasil pode não ser na China e vice-versa.
Uma clínica geral particular pode explorar um botão sobre o tabu ao tratar de uma doença que acomete apenas homens, como problemas na próstata. Mas precisa fazer isso com sensibilidade sobre como sua persona vai receber a campanha.
De qualquer modo, certamente é possível gerar um murmurinho, assim como o incomum e o chocante também atraem a atenção das pessoas, fazendo com que elas comentem, indo muito além de uma mera viralização ou gatilho mental de vendedor.
O papel do hilário e do extraordinário
Outra maneira de gerar uma motivação, para que as pessoas queiram disseminar as novidades sobre uma marca ou ação publicitária qualquer, é por meio do botão do hilário, ou ainda do extraordinário.
Esses dois gatilhos são muito parecidos, porém, o hilário se encaminha para o lado engraçado. Realmente, poucas coisas podem ser tão universais quanto uma situação engraçada, então tudo que fizer as pessoas rirem, é promissor.
O extraordinário tem sido muito trabalhado por materiais motivacionais, de resiliência, cases de sucesso e de superação. Um nutricionista esportivo, por exemplo, pode fazer maravilhas com esse botão, e criar um buzz marketing inesquecível.
Considerações finais
Com isso fica claro que qualquer marca pode criar um buzz e, do dia para a noite, tornar-se um dos assuntos mais falados em seu nicho de trabalho ou sua região de atuação.
Os cuidados consistem em levar em conta a questão do público, questões culturais e, sobretudo, a “entrega”. Ou seja, não adiantaria nada chamar atenção para algo que, no fim, não é tão bom assim, portanto tenha um produto/serviço de excelência.
Assim, com certeza o buzz marketing vai cumprir seu papel e a marca poderá tirar dele os melhores benefícios, tanto no curto quanto no médio e longo prazo.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.