Conheça a história da peça e o que ela representa para as mulheres.
O sutiã é uma roupa íntima que já teve muitos significados, sendo considerado tanto um símbolo de opressão quanto de liberdade das mulheres. Mesmo esses lados serem tão contrários, tudo depende da época em que se fala sobre a peça.
O que muitas pessoas não imaginam é que a história do uso do sutiã começou como um substituto dos espartilhos. Quer conhecer mais sobre essa peça? Descubra como ela surgiu e o que seu uso representa atualmente.
Surgimento do sutiã
A história do sutiã não é tão comentada, tanto que você pode usar essa peça em seu dia a dia e nem imaginar como ela surgiu. Os modelos como conhecemos hoje apareceram após a Primeira Guerra Mundial, quando as mulheres abandonaram de vez os espartilhos.
No entanto, se considerarmos o objetivo da peça no passado, há indícios de que o primeiro sutiã possa ter aparecido na Grécia. Ele nada mais era que vestes para cobrir os seios.
O nome da peça vem das palavras francesas “soutien gorge”, que significam “sustentador de seios”. Até porque um protótipo do sutiã chegou a aparecer na França, quando foi proposto um espartilho dividido em duas partes.
Objetivo da peça
A criadora do sutiã como conhecemos atualmente foi Mary Phelps, que desenvolveu o modelo a partir de lenços e fitas para bebê. A ideia era camuflar os seios. Na década de 20, por meio da estilista Coco Chanel, a peça seguiu essa mesma ideia, achatando o busto.
Assim, a peça funcionava como um substituto dos espartilhos, que eram incômodos e causavam sérios problemas para as mulheres. De qualquer forma, nada de liberdade ou sensualidade: o sutiã ainda era opressor, de forma a evitar que os seios chamassem muita atenção.
Sutiã moderno
O sutiã passou a ser um objeto de sedução a partir da década de 30. Nessa época já eram encontrados modelos, cores e tamanhos variados, sendo possível escolher o que mais agradasse.
Ele também passou a ser visto como um rito de passagem da infância para a vida adulta, indicando que a mulher já não era mais inocente e poderia ser desejada pelos homens.
Parte de protesto feminista
Uma das situações mais lembradas é a famosa queima de sutiãs, em um protesto feminista de 1968. No entanto, a história vai além disso, até porque as manifestantes não tiveram autorização para a queima das peças e outros acessórios femininos.
Na época, o protesto queria chamar a atenção para a comercialização da imagem de uma mulher “perfeita”. Ainda assim, mesmo atualmente, essa situação é mal interpretada, sendo vista como uma forma de negar a feminilidade.
De opressor a símbolo de liberdade feminina
O conforto não era o foco do sutiã quando ele foi criado, por isso ele era considerado uma peça opressora, tida como algo que aperta e incomoda, mas que as mulheres eram obrigadas a usar.
Com o tempo, ele passou a ser visto como um símbolo de libertação feminina. Não apenas após o protesto de 1968, mas também com a criação de modelos confortáveis. Além disso, a aceitação de que a mulher não é obrigada a usar a peça a todo momento também contribuiu para essa mudança.
Aceitação do próprio corpo
O conceito do sutiã mudou tanto a ponto de ser visto atualmente como uma forma de aceitação do próprio corpo. A mulher pode escolher não usar a peça, optar por modelos mais confortáveis ou que se adaptem melhor aos seios.
Há quem considere que ele ajuda a se sentir mais sensual, valorizando o biotipo. Ou seja, de peça que oprimia as mulheres, agora, o sutiã contribui para elevar a autoestima delas.